Ecos de um mundo em formaçao: o som em Miramar
Virginia Osorio FLÔRES
Resumo: Partindo da trilha sonora trabalhada em contraponto com a imagem visual, o presente artigo sobre o filme Miramar (Júlio Bressane, 1997) procura destacar procedimentos de colagens e citações usados pelo autor para identificar momentos de extrema subjetividade, de criação sublime e de uma marca pessoal através da trans-valoração de sentidos. Nessa recriação, utilizando signos extraídos de contextos distintos, o autor faz aparecer a diferença entre o que se ouve e o que se vê num elo de imagens incongruentes, entidades dessemelhantes que se juntam produzindo semelhanças ocultas.
Palavras chaves: Júlio Bressane, som, citação, intertextualidade, transvaloração.
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A noiva e o estribilho:
uma análise da música preexistente em um filme de Truffaut
Luíza Beatriz A. M. Alvim
Resumo: Em A noiva estava de preto (François Truffaut, 1968), a protagonista Julie se vinga dos cinco homens responsáveis pela morte de seu noivo. Duas músicas preexistentes, o Concerto para bandolim, de Vivaldi, e a Marcha Nupcial, de Mendelssohn, acompanham-na como estribilhos. A primeira se relaciona ao modo de enumeração da história, próprio dos contos de fada e marcado pela repetição, presente também na estrutura da música. Já a Marcha Nupcial é ouvida à medida que a cena originária, a saída do casal da igreja, é repetida com diferenças. Consideramos os conceitos de estribilho, repetição (Deleuze) e origem (Benjamim) e fazemos uma análise fílmica das sequências com as duas músicas preexistentes.
Palavras chaves: Cinema. Música no cinema. François Truffaut. Análise fílmica.
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Introduçao ao dossiê: Estudos do Som no Cinema na América Latina
Suzana Reck Miranda
Virginia Osorio FLÔRES
... " Os artigos reunidos nesse dossiê, portanto, visam fomentar a reflexão teórica e a análise dos diversos elementos sonoros (música, vozes, ruídos, silêncios) nos seus mais variados aspectos e os estudos de caso centram-se em filmes latino-americanos. A partir de recortes diversificados, os autores buscaram destacar o potencial discursivo do som em vários âmbitos (nas representações
hiper-realistas, nos deslocamentos / borramentos de fronteiras sonoras, em apropriações e realocações musicais, entre outros), do mesmo modo que apontar as estratégias e os problemas envolvidos no estudo e na análise do som no cinema, assim como propor novos olhares, análises e escutas." ...
Identidade e alteridade no cinema: espaços significantes na poética sonora contemporânea
Virginia Osorio FLÔRES
Resumo: Nem sempre o trabalho com o som nos filmes passa apenas pela questão da localização in ou off em relação à imagem. Por exemplo, o modo como Lucrecia Martel se apropria e elabora a trilha sonora – e a referência aqui é aos filmes La ciénaga (O pântano, 2001) e La mujer sin cabeza (A mulher sem cabeça, 2008) – estabelece outro tipo de observação em relação ao espaço construído pelo som e coloca em evidência outras possibilidades de leitura do próprio filme. Assim como Martel trabalha de forma singular e contundente seus espaços narrativos através do som, enfatizando a importância e a possibilidade de se usar este elemento no sentido da composição do espaço cênico e das relações com a mise en scène, dois exemplares da produção brasileira contemporânea – O som ao redor (2013), de Kleber Mendonça Filho, e Eles voltam (2014), de Marcelo Lordello –, se destacam pelos trabalhos com a trilha sonora. A partir da criação dos ambientes sonoros que cercam as personagens, os !lmes constroem sutilmente os conceitos de alteridade e identidade, tecendo um jogo interessante de diferenças e semelhanças entre o que se vê (identidade) e o que se ouve (alteridade).
Palavras-chaves: som no cinema; ambientação sonora; identidade; alteridade.
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Processos do som: montagem e música de Ensaio Sobre a Cegueira
Kira Santos pereira
Resumo: O presente artigo apresenta parte de uma pesquisa de mestrado sobre o processo de criação de som no cinema brasileiro contemporâneo. Inicialmente, é apresentado um breve panorama histórico do uso do som em obras cinematográficas. Em seguida, promovemos o estudo de caso de algumas das etapas da criação sonora do filme Ensaio sobre a cegueira. Apresentando em detalhes alguns dos procedimentos adotados na montagem e na composição da trilha musical do filme estudado, o artigo destaca práticas que favorecem a utilização estrutural do som dentro de uma narrativa audiovisual.
Publicado em 2013 pela revista do Encontro Internacional de Música e Arte Sonora (EIMAS)
Disponível em: http://www.amplificar.mus.br/Processos-do-som--montagem-e-musica-de-Ensaio-sobre-a-cegueira
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CANDINHO: A CONSTRUÇAO DO ESPAÇO NARRATIVO ATRAVÉS DA RELAÇÃO IMAGEM-SOM
Kira Santos pereira
Resumo: O trabalho promove a análise da construção do espaço da diegese do média-metragem Candinho, de Ozualdo Candeias, através de suas imagens e sons, sob a perspectiva de Michel Chion e de Murray Schafer, utilizando como texto de apoio o artigoUma São Paulo de revestrés: Sobre a cosmologia varziana de Candeias , de Rubens Machado Jr. A análise é feita tendo como foco a relação imagem-som que é resultado de uma construção artística, levando em conta os significados criados e sensações transmitidas, mais do que as possíveis limitações ou condições técnicas supostamente disponíveis aos criadores.
Publicado em 2008 pela Revista Universitária do Audiovisual (RUA).
Disponível em: http://www.rua.ufscar.br/candinho-a-construcao-do-espaco-narrativo-atraves-da-relacao-imagem-som/
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Tao longe é aqui e a música dos ruídos: aproximaçoes teóricas sobre aspectos do som no cinema contemporâneo
Kira Santos pereira
Suzana Reck Miranda
Resumo: No intuito de refletir sobre possíveis transformações dos papéis “tradicionais” da música e dos ruídos no cinema, este ensaio se debruça sobre o desenho de som do documentário Tão longe é aqui (Eliza Capai, 2013) a partir de um objetivo específico: observar em que medida os ruídos, no cinema contemporâneo, ao mesmo tempo em que escapam de um vínculo exclusivo com a verossimilhança, acabam operando funções que tradicionalmente são legadas à música de cinema. Para tanto, usaremos conceitos oriundos dos estudos da música no cinema narrativo ficcional como ponto de partida, embora nossa reflexão, conforme o leitor poderá notar, propositalmente esteja voltada a um exemplo contemporâneo e - a priori - não ficcional.
Palavras-chaves: teoria da música no cinema; desenho de som; som e música no documentário; documentário brasileiro contemporâneo.
Publicado em 2016 pela Revista Brasilira de Estudos de Cinema e Audiovisual -Rebeca.
Disponível em:
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A Representaçao Visual do Som no Cinema “Mudo”
Yasmin Pires e André Villa
Universidade Federal do Pará
Resumo: Este artigo objetiva investigar a dimensão sonora das imagens tidas como silenciosas no cinema “mudo”, em busca da compreensão da potencialidade sinestésica das representações visuais. Para construir esta análise, a pesquisa primeiramente apresenta de que forma se daria o processo cognitivo capaz de interpretar informações visuais como acústicas, para em seguida explicar o fenômeno das imagens sonoras, assim como, qual os principais recursos estéticos que originam a referida experiência sinestésica.
Palavras-chaves: Cinema. Som. Sinestesia.
Publicado em 2018 pela Revista Revista Comunicação e Sociedade
Disponível em:
https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/CSO/article/view/6954
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Que coisas nossas sao estas? Música popular, disco e o início do cinema sonoro no Brasil (2015)
Suzana Reck Miranda
Resumo: Este artigo destaca elementos históricos e estilísticos que cercam o filme Coisas Nossas (1931), apontado como o primeiro longa-metragem musical brasileiro ‘inteiramente sincronizado’ com o uso do sistema vitaphone. Interessa-nos, sobretudo, o seu repertório musical. Observaremos possíveis ligações dos estilos e dos intérpretes com a dinâmica da indústria fonográfica do período, na tentativa de compreender o que, naquele momento, foi tomado como sendo as “nossas coisas”.
Palavras-chaves: música no cinema; início do cinema sonoro; música popular brasileira; cinema brasileiro.
Disponível em:
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Concepçoes sonoras criativas para audiovisual: aprendendo a escutar para saber o que ouvir
Gerson Rios Leme
Resumo: O audiovisual contemporâneo aceita vasta experimentação na área do som / áudio. Para ampliar a capacidade criativa neste campo de atuação, este artigo defende a volta ao básico como ponto inicial, sugerindo que é essencial aprender a escutar para, então, saber o que se quer ouvir como resultado final nas produções audiovisuais, concordando com os estudos de Schafer (1991).
Palavras-chaves: criatividade sonora; audiovisual; escutar, ouvir.
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CINEMA DE AUTOR E CANÇOES POPULARES - AUTHOR CINEMA AND POPULAR SONGS
Luíza Beatriz A. M. Alvim
Resumo: Analisamos as canções do tipo yé-yé presentes em filmes de Robert Bresson e Jean-Luc Godard a partir do conceito de “autor”, evocado pelo próprio Godard e retomado por Claudia Gorbman quanto à utilização da música. Tal repertório, embora empregado numa dualidade em relação à música clássica preexistente presente nos mesmos filmes, também desvela ambiguidades, usos irônicos e importantes funções narrativas, além de exercer um “efeito de real”.
Palavras-chaves: canção; cinema; autoria.
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GODARD E O ETERNO RETORNO DA MÚSICA
Luíza Beatriz A. M. Alvim
Resumo: Analisamos o uso de músicas preexistentes de Mozart e Beethoven que se repetem nos seguintes filmes de Jean-Luc Godard: Acossado (1960), O novo mundo (1962), Uma mulher casada (1964), O demônio das onze horas (1965), Masculino feminino (1966), Made in USA (1966), Duas ou três coisas que eu sei dela (1967), Carmen (1983) e Liberté et patrie (2002). Buscamos significados, que, junto com as músicas, retornam, como a morte, a infidelidade, a tragicidade e perguntas não respondidas.
Palavras-chaves: Godard, cinema, música, repetição, análise fílmica.
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MÚSICA E SOM EM TRÊS DOCUMENTÁRIOS BRASILEIROS CURTA-METRAGEM DE 1959: NACIONALISMOS, TRADIÇÃO, MODERNISMOS E IDENTIDADE BRASILEIRA
Luíza Beatriz A. M. Alvim
Resumo: Analisamos características sonoras comuns a três documentários curtasmetragens brasileiros de 1959 (O mestre de Apipucos e O poeta do Castelo, de Joaquim Pedro de Andrade e Arraial do Cabo, de Paulo Cezar Saraceni e Mário Carneiro): O uso de música preexistente ao longo de todo ou quase todo o filme, em especial, peças de Villa-Lobos e Bach, voz over e pouco ou nenhum ruído. Após mapeamento de cada trecho de música, consideramos evocações de nacionalismos, modernismos, tradição e identidade brasileira trazidas tanto pelas associações dos sons com as imagens quanto por aspectos da música em si.
Palavras-chaves: música; som; documentário; nacionalismo; modernismo; identidade.
Submissão do artigo: 27 de maio de 2017. Notificação de aceitação: 22 de julho de 2017.
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NA VENTANIA: DO IRREPRESENTÁVEL PARA OS TABLEAUX VIVANTS E O USO DA VOZ OVER
Luíza Beatriz A. M. Alvim
Resumo: Partimos da polêmica sobre o irrepresentável no cinema, desencadeada por filmes sobre o Holocausto judaico na Segunda Guerra Mundial, para analisar como prevenções ético-estéticas se atualizam no filme estoniano Na ventania (MARTTI HELDE, 2014). O filme retrata as deportações efetuadas pelos soviéticos nos países bálticos na mesma época por meio de duas estratégias observadas por nós: os tableaux vivants e a voz over. As cenas estáticas, percorridas por longos travellings, e a leitura de cartas em voz over, além do restante da trilha sonora, dão profundidade ao filme e mostram para além da imagem e da cena.
Palavras-chaves: irrepresentável; tableaux vivants; voz over; cinema contemporâneo.
Submissão do artigo: 15/10/2018. Notificação de aceitação: 22/04/2019
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Paisagens sonoras de baixa fidelidade em O som
ao redor (2012) e Ventos de agosto (2014)
Igor Araújo Porto
Miriam de Souza Rossini
Resumo: Partindo de dois conceitos de R. Murray Schafer (2001), de paisagem sonora e baixa fidelidade, pretendemos aproximar o autor do campo dos estudos de som no audiovisual, pois são conceitos que nos ajudam a problematizar aspectos estéticos e sonoros observáveis, especialmente, em filmes do chamado Novíssimo Cinema Brasileiro, produzidos nos últimos dez anos no país, e que se utilizam das possibilidades estéticas conferidas por novas tecnologias de captação de som e imagem, bem como de edição. Para tal, traçaremos a definição de paisagem sonora em Schafer, ressaltando o aspecto interdisciplinar do conceito. Depois pensaremos como a noção de baixa fidelidade, afastada de seu uso no senso comum, pode ser aplicada no campo da comunicação e, mais especificamente, do cinema. Por fim, faremos um piloto de análise em algumas cenas de dois filmes recentes realizados no Estado de Pernambuco, cujo trabalho sonoro ajuda a exemplificar a aproximação que se quer fazer entre os conceitos de Schafer e o campo do cinema. São eles: O som ao redor (Kleber Mendoça Filho, 2012) e Ventos de agosto (Gabriel Mascaro, 2014).
Palavras-chaves: Análise de som; baixa fidelidade; cinema; cinema brasileiro; paisagem sonora
Submissão do artigo: 30/11/2017. Notificação de aceitação: 15/02/2018
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miriam.rossini@ufrs.br
REVOLUCIONÁRIOS, DITADURA E RUÍNAS AO SOM DE VILLA-LOBOS
REVOLUTIONARIES, DICTATORSHIP AND RUINS TO THE SOUND OF VILLA-LOBOS
Luíza Beatriz A. M. Alvim
Resumo: Partimos de conceitos de Walter Benjamin e analisamos, nos filmes O desafio (Paulo César Saraceni, 1965), Terra em transe (Glauber Rocha, 1967) e Os herdeiros (Carlos Diegues, 1970), as sequências com música de Villa-Lobos que evocam tanto a ideia da história como catástrofe quanto o filme Deus e o diabo na terra do sol (Glauber Rocha, 1964), com o qual tais filmes se relacionam também pelo elemento do travelling. Porém, diferentemente da utopia do filme de 1964, feito antes do Golpe Militar, a instalação da ditadura traz para os personagens idealistas o sentimento catastrófico, que, a partir de Benjamin, pode ser entendido também como potência.
Palavras-chaves: Cinema Novo; Villa-Lobos; história; ruína; Walter Benjamin.
Submissão do artigo: 22/12/2017. Notificação de aceitação: 9/03/2018
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O USO DE MÚSICA E DE IMAGENS COM MOVIMENTOS MÍNIMOS EM MELANCOLIA
Nina Velasco e Cruz
Luíza Beatriz A. M. Alvim
Resumo: Analisamos o uso da música e de imagens com movimentos mínimos no prólogo no filme Melancolia (2011) de Lars Von Trier e observamos que tais imagens possuem características limítrofes entre cinema, fotografia e pintura, do mesmo modo que as características musicais do prelúdio da ópera Tristão e Isolda de Wagner contribuem para o efeito de imobilismo. Consideramos que essas imagens produzem um efeito temporal específico, associado à idéia de morte e de impotência humana, também está presente na música preexistente utilizada.
Palavras-chaves: cinema; fotografia; música; estética.
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RITMOS E CORRESPONDÊNCIAS: A REPRESENTAÇAO VISUAL DA MÚSICA NOS FILMES DE ROSE LOWDER
Luíza Beatriz A. M. Alvim
Nina Velasco e Cruz
Resumo: Neste artigo pretendemos desenvolver as relações entre o chamado cinema de flicker e a música. Fazemos um breve histórico das diversas experiências que buscaram criar uma representação visual da música até chegarmos ao cinema de vanguarda e ao cinema experimental, contexto em que surge a técnica do flicker. Faremos uma análise mais detida do trabalho de Rose Lowder, cineasta que, desde a década de 1970, produz filmes em 16mm e usa a técnica do flicker, por se tratar de um corpus pouco explorado e que se relaciona diretamente ao tema. Utilizamos como base dessa análise a metodologia explicitada pela própria artista em textos e diagramas, nos quais se nota uma busca de correspondência com o fenômeno musical – o que remete a toda a tradição da vanguarda e do cinema experimental anterior.
Palavras-chaves: Música; Cinema; experimental; Flicker.
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RHYTHMS OF IMAGES AND SOUNDS IN TWO FILMS BY ROBERT BRESSON
Luíza Beatriz A. M. Alvim
Abstract. Robert Bresson did not only distribute musical excerpts and sounds in his films, but also often conceived the whole film running in a general rhythm, including the repetition and variation of shots in their contents and length. David Bordwell (1985) considered Bresson’s films as examples of the style centred “parametric mode of narration.” More than that, after Jean-Louis Provoyeur (2003), we consider that many shots in Bresson’s films have a characteristic of “denarrativization,” a conception based on musicality, devoid of representational constraints. One example is the tournament sequence in Lancelot of the Lake (Bresson, 1974), in which visual and sound elements are repeated as a “cell” with variations in length, angle of shot and with addition or suppression of elements. The author also analyses some aspects of The Trial of Joan of Arc (1962), in which the rhythmic sensation is created by the procedure of repetitive alternation of image, speech and space.
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VOZ OVER E COLAGENS MUSICAIS EM DOCUMENTÁRIOS ENSAÍSTICOS DE CHRIS MARKER E AGNÈS VARDA DA ÉPOCA DA NOUVELLE VAGUE
Luíza Beatriz A. M. Alvim
Resumo: Analisamos documentários ensaísticos de Chris Marker e Agnès Varda da época da Nouvelle Vague com predominância de dois elementos, voz over e música preexistente, especialmente Carta da Sibéria (Marker, 1958) e Elsa la Rose (Varda, 1965), investigando a relação entre esses dois elementos e com as imagens. Nesses filmes, a voz over é signo de modernidade e a música preexistente faz parte de uma colagem musical, sendo que ambos os elementos sonoros se relacionam muitas vezes de modo irônico com as imagens.
Palavras-chave: filme-ensaio; música; voz over; Chris Marker; Agnès Varda.